Não tenho computador, então estudo pelo telefone mesmo. É só colocar um fone de ouvido e prestar atenção no que os professores estão dizendo. Fazia o curso presencial e me assustei com a notícia de que precisaria migrar para o on-line. Sinto falta do contato mais próximo com as professoras e os colegas, mas a gente não pode desanimar. Como não dava para continuar em sala de aula, estou me conectando a esse novo jeito de aprender. O importante é continuar estudando e não perder o foco, que é me formar até o meio do ano para começar a trabalhar na área com o certificado nas mãos — afirma ela.

Alunos exibem certificado de curso de cuidador de idoso, que já está sendo oferecido on-line

A minha mãe não é mais independente, não vai ao banheiro sozinha… Eu cuidava dela, mas não tinha técnica alguma. As aulas de fisioterapia, por exemplo, me ajudaram a saber como devo movê-la adequadamente na cama, como levantá-la, trocá-la de uma cadeira para outra… Dá para aprender tudo direitinho no curso on-line, porque a gente vê a professora fazendo cada movimento como ele deve ser realizado. Basta repetir. Eu também estou aprendendo técnicas de higienização e como estimular minha mãe com jogos e terapias ocupacionais, além de como lidar com o meu emocional — conta. — Ainda não consigo me desligar um segundo da minha mãe, tirar um tempo para mim, mas já fui orientada a fazer isso.

Assistente social e professora do curso de formação de cuidador de idoso, Marta dos Santos Silva, moradora de Olaria, é estreante na função de lecionar via internet, mas é veterana em transmitir a importância de um olhar humano sobre uma relação tão próxima.